O Cruzeiro venceu o Grêmio por 3x0. Quem vê o placar pode pensar que o ataque foi arrasador. Até foi, se considerarmos o ferrolho do Grêmio. Mas por incrível que pareça, Dida não pegou nem uma bola durante toda a partida. Já o goleiro Fábio pegou bolas muito difíceis em momentos críticos da partida. É um goleiro excepcional, mais um injustiçado em termos de seleção, como foram vários outros jogadores no decorrer da história. Algo nele não agrada ao Felipão, como não agradava ao Dunga, nem ao Mano. Difícil entender qual a lógica. Se o Cruzeiro está sendo campeão, deve muito a São Fábio. Pode ser que alguém considere chato o seu discurso religioso, seu moralismo, sua postura, mas seu trabalho defendendo o gol celeste é inegável. O engraçado é que nem Felipão, nem Parreira sequer citam o nome do Fábio entre os melhores do país. Mas falando sobre o jogo de hoje, não foi fácil. Surpreendentemente, Renato Gaúcho arma um time muito defensivo. Imaginei que se tornaria um treinador que gostasse mais de atacar, mas Renato tira os talentos do meio campo e escala volantes brucutus. Deixar Elano e Zé Roberto de fora é brincadeira. Mas vamos falar sobre o Cruzeiro. Do Fábio eu já falei.Ceará jogou seu feijão com arroz. Eu acho o Maike muito melhor, mas respeito a opinião do Marcelo Oliveira. Ele confia no Ceará e devem existir razões que nem conhecemos. Dedé toma conta daquele pedaço e dificulta a vida dos atacantes. Tem jogado muito bem. Leo tem atuado bem também. Hoje foi perfeito. Egídio jogou mais uma partida razoável. Desta vez não subiu tanto. Nilton jogou com a raça de sempre, destruindo muito e jogando com o corpo. Lucas Silva jogou mais uma bela partida.Apresentou-se para as tabelas, lançou e deu belos passes, também destruiu muito. Everton Ribeiro estava muito bem marcado, mesmo assim conseguiu algumas belas jogadas individuais pela direita do campo. Ricardo Goulart esteve um pouco mais sumido no jogo, mas fez o seu quando a chance apareceu. Dagoberto jogou ótima partida, driblou, entortou marcadores, brigou e marcou as saídas de bola. Borges fez um gol acrobático de canela num lance de esforço pessoal, de batalha pela bola. Mas perdeu dois lances que poderiam ter resultado em lindos gols, um em uma jogada genial do Everton Ribeiro pela direita e outro em outra jogada no segundo tempo ( não me lembro de quem foi a jogada). No segundo tempo, Julio Baptista entrou no lugar do Borges, mas não rendeu muito. Mas as entradas de Willian e Luan nos lugares de Daboberto e Everton Ribeiro já deu mais resultado. Willian fez seu gol e lançou a bola que redundou no gol do Ricardo Goulart. O Cruzeiro não deverá ultrapassar a performance do campeão de 2003, mas sem dúvidas que o time foi vencendo a desconfiança e hoje tem o reconhecimento de todo o país. Em tempo: foi bonito ver a festa do time, comemorando a campanha junto com a torcida. Foi legal ver o Dagoberto brincando, dando cambalhotas no gramado, juntamente com os companheiros. Ser Cruzeirense é bom demais!
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